Nota de posicionamento sobre os cursos de capacitação na modalidade EAD publicados pelo Arquivo Nacional

No dia 6 do corrente fomos surpreendidos com a notícia disponível no sítio do Arquivo Nacional sobre um curso que pretende sanar a “necessidade de capacitação de servidores que atuam, ou desejam atuar, em arquivos nos órgãos públicos e não possuem graduação em Arquivologia”.

Sabemos, como estudantes, que há muitas lacunas na nossa formação e em nossas universidades estamos sempre em busca para suprir as necessidades que possam surgir. São no mínimo quatro anos de graduação, com currículos diversificados e específicos de cada região.

A instituição arquivística referência no Brasil publicar um curso que, como diz, pretende capacitar profissionais não formados em Arquivologia para atuar em arquivos, com carga horária de 27 horas é um afronte ao desenvolvimento da educação arquivística em nível de graduação no país. É importante salientar, também, que há legislação que regula a profissão de técnico em arquivo, formação que ainda não é ofertada no Brasil.

Esperamos, ainda, que o Arquivo Nacional não seja usado como um instrumento de retrocesso no que tange o respeito e reconhecimento do profissional arquivista bacharel ou técnico em nosso país.

Enquanto Executiva Nacional dos Estudantes de Arquivologia, esperamos maiores esclarecimentos sobre as possíveis funções que poderão ser desenvolvidas pelos profissionais que concluírem o curso que está sendo ofertado.

ENEA
10/08/2021



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